Poesia do Silencio

Como posso calar o que sinto,
como posso parar o bater do meu coração,
não sou uma torneira que fecha e cala,
sinto o meu coração acelerado,
sinto a falta do teu sorriso,
saudades de te embaraçar,
e te ouvir falar, rir, cantar,

posso guardar tudo isto,
um furacão num pote de mel,
- e que força faço -
cerro os dentes e aperto,
e o meu coração acelera cada vez mais
como se fosse fugir daqui a qualquer momento,
para junto de ti, por mais longe que te encontres,

desculpa se te alterei a vida,
se pûs em causa o rumo que tinhas traçado,
desculpa se te amo,
se te fiz sentir incomodada com isso,
porque no fundo só te quero fazer feliz,
fazer com que o sol seja um mero adorno
nos dias que passam,

porque tu és o verdadeiro astro da minha vida,
porque fazes os acordes da minha vida,
fazes com que este mundo se pareça
uma música de improviso,
que tocas a cada manhã que acordas,
com qualquer instrumento que tenhas à mão,
e tocas com todo o sentimento que tens no coração,

ah como queria que não estivesses longe,
como queria ser a razão da tua felicidade,
ser o farol da tua vida, o teu porto de abrigo,
onde te vinhas protejer quando te sentisses insegura
e a precisar do meu amor,
pobre sereia, como quero que venhas para junto de mim,
vem do fundo do oceano, faz-me feliz.