I see faces, many faces,
white faces, brown faces,
black faces, green faces,
thin faces, fat faces,
sick faces, painted faces,
pierced faces, inloved faces,
I see people, many people,
running in circles,
I see eyes, many eyes,
black eyes, brown eyes,
green eyes, blue eyes,
grey eyes, blind eyes,
sad eyes, happy eyes,
big eyes, small eyes
I see people, many people,
trying to reach nowhere
I see many things I didn't
wanted to see,
Can I, oh angel, be blind,
I see people, oh to many people,
I can´t see who I really want,
teach me how to see in the dark,
oh lord, please let me be,
and see, the dark light
from an out of this world princess,
I see places, many places,
dark places, bright places,
nowhere places, farway places,
praying places, war places,
funny places, paradise places,
hell places, abstract places,
I see, but I wanna be blind,
so I can find you in the light,
I see people, many people,
fake people, stupid people,
smart people, fancy people,
wanna be people, large people,
thin people, I don't want to see people,
Can I get your attention?
Now focus, I wanna now see,
as you stand in front of me,
now I can see the light,
listen, i want to be the one,
now that you're in front of me,
i'm not afraid, now I see.
Poesia do Silencio De dentro do ser mais interior que reside na minha alma, produto do subconsciente que habita em mim. O meu pensamento o meu ser.
20070826
Silenciosamente por kristho
Silenciosamente por kristho
à(s) 23:51 |
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9 Desabafos:
não vejo aqui o meu poema...
"Sim, sei bem
Que nunca serei alguém.
Sei de sobra
Que nunca terei uma obra.
Sei, enfim,
Que nunca saberei de mim.
Sim, mas agora,
Enquanto dura esta hora,
Este luar, estes ramos,
Esta paz em que estamos,
Deixem-me crer
O que nunca poderei ser."
ai o Ricardo Reis... o Ricardo Reis..
que honra... um comentário de kristho...
Sem ajudas... De quem é?
"De amor nada mais resta que um Outubro
e quanto mais amada mais desisto:
quanto mais tu me despes mais me cubro
e quanto mais me escondo mais me avisto.
E sei que mais te enleio e te deslumbro
porque se mais me ofusco mais existo.
Por dentro me ilumino, sol oculto,
por fora te ajoelho, corpo místico.
Não me acordes. Estou morta na quermesse
dos teus beijos. Etérea, a minha espécie
nem teus zelos amantes a demovem.
Mas quanto mais em nuvem me desfaço
mais de terra e de fogo é o abraço
com que na carne queres reter-me jovem."
"Dão-nos um lírio e um canivete
e uma alma para ir à escola
mais um letreiro que promete
raízes, hastes e corola
Dão-nos um mapa imaginário
que tem a forma de uma cidade
mais um relógio e um calendário
onde não vem a nossa idade
Dão-nos a honra de manequim
para dar corda à nossa ausência.
Dão-nos um prémio de ser assim
sem pecado e sem inocência
Dão-nos um barco e um chapéu
para tirarmos o retrato
Dão-nos bilhetes para o céu
levado à cena num teatro
Penteiam-nos os crâneos ermos
com as cabeleiras das avós
para jamais nos parecermos
connosco quando estamos sós
Dão-nos um bolo que é a história
da nossa historia sem enredo
e não nos soa na memória
outra palavra que o medo
Temos fantasmas tão educados
que adormecemos no seu ombro
somos vazios despovoados
de personagens de assombro
Dão-nos a capa do evangelho
e um pacote de tabaco
dão-nos um pente e um espelho
pra pentearmos um macaco
Dão-nos um cravo preso à cabeça
e uma cabeça presa à cintura
para que o corpo não pareça
a forma da alma que o procura
Dão-nos um esquife feito de ferro
com embutidos de diamante
para organizar já o enterro
do nosso corpo mais adiante
Dão-nos um nome e um jornal
um avião e um violino
mas não nos dão o animal
que espeta os cornos no destino
Dão-nos marujos de papelão
com carimbo no passaporte
por isso a nossa dimensão
não é a vida, nem é a morte"
tinha-te dito... sem ajudas...
"Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto tão perto tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura
Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco"
Faz-me o favor de não dizer absolutamente nada!
Supor o que dirá
Tua boca velada
É ouvir-te já.
É ouvir-te melhor
Do que o dirias.
O que és nao vem à flor
Das caras e dos dias.
Tu és melhor -- muito melhor!--
Do que tu. Não digas nada. Sê
Alma do corpo nu
Que do espelho se vê.
Faço-te a vontade e faço-te o favor de não dizer absolutamente mais nada... mas não sem antes te dizer:
Cessa o teu canto!
Cessa, que, enquanto
O ouvi, ouvia
Uma outra voz
Com que vindo
Nos interstícios
Do brando encanto
Com que o teu canto
Vinha até nós.
Ouvi-te e ouvi-a
No mesmo tempo
E diferentes
Juntas cantar.
E a melodia
Que não havia.
Se agora a lembro,
Faz-me chorar.
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