homem louco, perdido nos ventos da mudança,
um furacão louco que se aproxima e avança,
passa e arrasa tudo em sua volta,
fica apenas a saudades e a revolta,
lixo da cidade, escoria da condição humana,
deixa-se tudo para trás com promessas vãs,
arrasa-se as fundações, necessidade insana,
esquece-se e apaga-se como inquisições cristãs,
homem que chora e cai na terra molhada,
e chove, e a chuva inunda a estrada,
apagam-se os caminhos da memória,
chora-se porque custa ver partir a história,
trémulas mãos se erguem ao céu de negrume,
rasgam o chão e sangram desesperadamente,
outrora elevado no coração, no cume,
debate-se, esconjura, cala-se, inesperadamente,
derrama-se o sangue, e o corpo jaz,
frio, perdido no meio do entulho da lembrança,
espera, despido, a passagem da tempestade que faz,
espera, e apesar de tudo, cai, mas não perde a esperança.
Poesia do Silencio De dentro do ser mais interior que reside na minha alma, produto do subconsciente que habita em mim. O meu pensamento o meu ser.
20060923
Silenciosamente por kristho
Silenciosamente por kristho
à(s) 14:36 |
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