Poesia do Silencio

queria provar o mel dos teus olhos,
como eles são belos da cor do mel,
como são da cor do ouro,
e, no entanto, são muito mais preciosos que isso,
como me iluminam o dia cada vez que os vejo,
te vejo a ti,
como sinto o meu coração a saltar,
o meu olhar fixo em ti,
como me fazes voar,
por infinitos mundos paralelos,
como me fazes sonhar
quando não estás junto a mim,

como queria provar o sabor dos teus lábios,
e, no entanto, sei que sabem a felicidade,
como te vejo voar anjo,
por céus que não julgava existir,
como me mostras o mundo, dessa maneira tão tua,
como és diferente, e como és igual a mim,
quando estou contigo sinto-te como minha droga,
a alucinação, o ser quem não sou,
fazes-me sorrir como mais ninguém,
fazes-me sentir tão forte, e mesmo assim sou fraco,
não te consigo para mim,
porque és mais forte do que eu,
porque não me cedes,
porque a cada dia que passa te tornas mais especial,
mais unica, mais indispensável,
como se as palavras que escrevo te fossem revelar
verdades desconhecidas,
mas não, tudo isto já conheces,
tudo isto já te disse,

como queria dizer-te isto novamente,
e tudo aquilo que ficou para dizer,
aquilo que só eu sei, porque o sinto
e o carrego em mim,
deixa-me ser a razão do teu sorriso
mais e mais, a cada dia que passa,
deixa-me fazer-te rir,
e parecer que o dia nasce novamente,
porque quando ris,
o mundo nasce aos teus pés,
porque quando sorris,
eu ajoelho-me aos teus pés.