Rasaste as àguas,
agitaste o mar tranquilo,
onde me encontrava,
fizeste ondulação,
viraste o barco
em que navegava,
acordaste-me do sonho,
em que pensava,
fizeste-me ver o azul imenso,
o horizonte,
onde o mar se funde com o céu,
em perfeita harmonia,
subi para o barco
e vi-te voar,
livre, selvagem,
tive vontade de te agarrar,
se descesses um pouco mais baixo,
talvez podesses vir
com as tuas penas me acariciar o rosto,
fazer-me arrepiar,
navego sem rumo,
larguei as velas e parti para a terra de ninguém,
apareceste sem pedir licença,
e agora não te deixas apanhar,
vieste com o vento,
não deixes o vento te levar,
pousa na proa do meu barco
deixa-te ficar,
estende as tuas asas em torno de mim,
aquece-me,
faz-me companhia nesta imensa viagem
que é a vida,
onde o estibordo e o bombordo
são para onde se quiser,
onde tu, e eu, fazemos as nossas escolhas,
vem agitar o meu mar mais uma vez,
vem-me acordar de manhã,
fazer-me sorrir
diz-me que desse olhar inocente
pode nascer o mais forte dos sentimentos
e eu largo o barco,
contruo as minhas asas e vôo contigo,
não existe o para sempre,
existe o presente,
e neste presente te digo que quero voar,
tenho forças para me largar,
não sou um principe, nem um rei,
não anseio a perfeição,
porque acredito que a perfeição se encontra
nas pequenas imperfeições da vida
anseio apenas o teu olhar para voar contigo.
vieste com o vento,
não deixes o vento te levar,
pousa na proa do meu barco,
deixa-te ficar.
Poesia do Silencio De dentro do ser mais interior que reside na minha alma, produto do subconsciente que habita em mim. O meu pensamento o meu ser.
20050404
Silenciosamente por kristho
Silenciosamente por kristho
à(s) 22:43 |
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