Abriu-se a torneira da vida
e a vida começou a brotar,
de uma forma caótica,
sem forma de a controlar,
e deixou-se correr,
sem nunca parar,
fazendo ecoar o som,
como água que cai
de uma catarata,
e nas margens da vida que corria,
brotou mais vida,
cor, alegria,
e a vida cresceu, alargou,
conheceu e cruzou
outras vidas,
juntou-se e separou-se,
indiferente, ou triste,
por vezes contente,
e a torneira continuou a brotar,
vida, alegria, paixão,
mas enquanto corria,
a vida apenas sentia solidão,
a minha vida é assim,
mas acabou por se cruzar contigo,
como um ribeiro se cruza com um rio,
e senti mais que uma paixão,
cruzei-me contigo,
e uma parte de mim ficou em ti,
e uma parte de ti ficou em mim,
separei-me, e agora quero voltar
a encontrar-te,
por entre os vales e montes do destino,
mesmo que tenha de lutar contra
esses mesmo montes que me barram,
o caminho para chegar a ti,
sei que fui eu que quis seguir o caminho mais facil,
mas estou disposto a lutar contra
as leis que regem este Universo em que vivemos,
sei que te deixei acreditar que não te queria,
sei que quebrei a confiança que tinhas em mim,
que matei o que tinha plantado em ti,
so que como da primeira vez que nos cruzamos
sinto-me com forças suficientes
para fazer brotar em ti a felicidade como nunca a julgaste encontrar
sei que venho tarde, atrasado para me endireitar,
so que venho com coragem para enfrentar os meus medos,
os teus medos, começar tudo de novo,
de plantar, em vez de uma rosa,
vou plantar mais e mais rosas,
de todas as cores que possas imaginar,
por entre os planaltos imensos da vida,
quero fazer-te feliz como não te consegui fazer,
porque agora não tenho mais duvidas,
não tenho sequer passado para me lembrar,
so tenho de pensar nos montes que tenho de atravessar
para ao pe de ti chegar,
sinto força, para saltar esse muro de defesa que
construiste em tua volta,
para te protejeres de mim e do mundo,
quero partilhar esse espaço contigo,
onde só tu existes,
que desaguar para a imensidão do oceano
e partilhar contigo a minha vida.
Poesia do Silencio De dentro do ser mais interior que reside na minha alma, produto do subconsciente que habita em mim. O meu pensamento o meu ser.
20050407
Silenciosamente por kristho
Silenciosamente por kristho
à(s) 17:26 |
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
0 Desabafos:
Enviar um comentário