Poesia do Silencio

Procuro em mim a imensidão,
No meu ser procuro,
Procuro em mim encontrar,
Teu perdão,
Procuro dentro do meu ser,
Procuro sem encontrar,
A verdadeira razão
De te amar,
Deixo-me sozinho,
E voo alto,
Para outro lugar,
Para me encontrar,
Quem sou eu,
Procuro sem encontrar,
A verdadeira razão
Do ser, querer, poder, sentir,
Que vive em mim,

Repete-se em mim a pergunta,
Não consigo responder,
Não consigo entender,
Porque é que não consigo
Te conceber,
Neste meu plano poético,
Na minha caneta errática,
Que vagueia pelo universo das palavras
Sem sentido, que pouco a pouco
O têm,
Tal como eu,
Pobre insano sem sentido,
Que só ganho sentido junto a ti,
E quem és tu afinal,
Senão a humanização
Das minhas palavras sem sentido,
A criação de um meu sonho perdido,
Neste meu mundo despido
De paz por um momento

E penso,
Penso que enquanto vivo,
E estou junto a ti
Sou feliz,
Mesmo sem o entender,
Procuro em mim o sentido
Para te preencher,
E fazer-te feliz,

Procuro sorrir-te,
Mesmo quando,
Como hoje,
As brumas se
Debruçam sobre mim,
Quero a cada dia
Encontrar um sorriso teu
E fazê-lo crescer,
Quero... quero tanta coisa
Que não me consigo entender,
Monstro de palavras,
Que palavras não tem para
O teu ser,
Minhas palavras são pobres,
Para te descrever,
Meu coração é fraco
Precisa de ti para viver.