Gorei, esqueci todas as espectativas,
Entreguei, deixei-me ao mundo
Perdi, quedei-me no antro das divas,
Esqueci, desapareci e fui ao fundo
Procurei dentro de mim, revirei,
Todas as entranhas do pensamento, pensei,
Trouxe ao de cima reflexos, lembrei,
Sou um pobre mortal, eu sei,
Foram tantas noites sem dormir
E outras tantas a pensar
Que se não podesse fugir
Tinha de me entregar
Larguei o pensamento,
Mas o pensamento não descolou
E nas minhas entranhas se recalcou
E minha vida virou tormento.
Invadiu-me o odor das feridas,
Um fedor moribundo,
Todas as lembranças queridas
Se tornaram um pensamento rotundo,
Quis sair do inferno
Lembrei-me de sonhar,
Que sonhar era eterno
E tão frágil como amar,
O meu pensamento dói
E não dói por não o tentar,
O meu pensamento dói
Porque não consigo sonhar.
Quando tentei voar
Tive de pensar
Voar é impossivel,
Tinha de estar a sonhar,
E sonhei, sonhei que sonho e pensamento
Andam lado a lado,
Que o pensamento
É um sonho ordenado.
E pensar deixou de doer,
Não há sonho sem pensamento
Nem moinho sem moer,
E minha vida deixou de ser lamento.
Poesia do Silencio De dentro do ser mais interior que reside na minha alma, produto do subconsciente que habita em mim. O meu pensamento o meu ser.
20031117
Silenciosamente por kristho
Silenciosamente por kristho
à(s) 23:24 |
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