pausa... silêncio...
não ouço senão nada,
shh... mexo-me na cadeira,
ouço-a mexer,
como se ganha-se vida,
pausa.
estou às escuras na sala,
no entanto a claridade
é visível,
uma claridade sem fonte,
vejo o brilho,
e a luz exterior
que penetra pelos estores,
estou vazio,
em muito tempo sinto-me vazio,
sem razão aparente,
vão, sinto nas palavras apenas...
silêncio,
como se não tivessem o sentido
que outrora lhes consegui dar,
magoei as palavras?
ou elas deixaram de ser mutáveis?
não sei,
já não pouso a caneta no papel
e as frases fluem,
nem de encomenda,
não me lembro como se escreve,
sinto-me oco,
como se escrever fosse
decorrente da minha vivência,
como se para me sentir completo
tivesse de escrever,
não tenho,
paro tudo... sinto o vazio,
silêncio!
é tudo o que ouço,
é tudo o que escrevo,
escrevo o vazio,
não vejo razão...
aguardo o nascer do dia...
não por entre a fresta da janela...
mas que se faça luz naquilo que escrevo.
Poesia do Silencio De dentro do ser mais interior que reside na minha alma, produto do subconsciente que habita em mim. O meu pensamento o meu ser.
20080304
Silenciosamente por kristho
Silenciosamente por kristho
à(s) 03:07 |
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
0 Desabafos:
Enviar um comentário